De 19 de julho a 21 de setembro, na receção do Mosteiro de Arouca.

Ana Ataíde apresenta nesta exposição um conjunto de obras que evocam memórias, emoções e paisagens ligadas ao território onde nasceu. Cada pintura funciona como uma janela para esse lugar afetivo, cuja beleza natural e riqueza simbólica continuam a influenciar a forma como observa e representa o mundo. As paisagens e os animais retratados são autóctones e profundamente enraizados na cultura da sua infância. São imagens que habitam o seu imaginário desde sempre e que, através da pintura, adquirem uma nova expressividade. Essa ligação emocional ao espaço de origem é a força que sustenta o seu processo criativo. Ao longo de quase 25 anos, Ana Ataíde foi consolidando a sua prática artística através de formações diversas e experiências continuadas. A sua pintura resulta de uma dedicação persistente à exploração de técnicas e linguagens visuais que lhe permitam comunicar sensações, histórias e afetos. Mais do que uma mostra de quadros, o seu trabalho propõe-se como um gesto de partilha: uma celebração das raízes, da memória e da natureza. Cada obra convida o visitante a olhar com tempo e curiosidade, reconhecendo no familiar algo de profundamente pessoal.

Agnelo de Jesus apresenta um conjunto de obras geométricas que exploram a relação entre arte, espiritualidade e ordem cósmica. Partindo do princípio metafísico de que “nada surge do nada”, tal como na matemática, onde zero mais zero é sempre zero, o artista propõe uma visão da criação artística como canal de uma Sabedoria primordial, anterior ao tempo, ao espaço e ao ego. O nada absoluto não tem qualquer potencial para criar. Por isso, a própria existência é testemunho da presença de um Criador do Universo, um princípio inteligente, transcendente, que sustenta tudo o que é. Esta Fonte coloca-nos, ao longo da vida, obstáculos que devem ser compreendidos não como castigos, mas como oportunidades de elevação espiritual e crescimento interior. As composições de Agnelo de Jesus, embora nascidas de escolhas conscientes e subjetivas, orientam-se por uma busca de harmonia universal, traduzida em formas rigorosas e linguagem simbólica. A sua pintura inscreve-se numa tradição que vê a geometria como ponte entre o humano e o transcendente. Esta proposta visual convida o espectador a contemplar o invisível e a reencontrar sentido num mundo que, longe de ser caótico, revela uma arquitetura interior precisa e luminosa

Horário de visita: terça-feira a domingo, das 9h30 às 12h30 e das 14h00 às 18h00. Entrada livre.

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Integrada nas Jornadas Europeias do Património 2025.

Música antiga e contemporânea para Órgão Ibérico