Experiência-piloto que está a ser implementada em duas escolas básicas do 1º ciclo do Ensino Básico que incluem o ensino pré-escolar (EB1/JI de Paços – Moldes e EB1/JI Boavista – Santa Eulália) e 4 turmas do ensino pré-escolar do Patronato – Centro Paroquial Social Santa Mafalda, envolvendo, ao todo, 230 alunos.

O projeto tem como objetivos a valorização e a disseminação do canto popular polifónico, vulgarmente conhecido em Arouca como “botar cantas”, que é uma manifestação cultural cuja matriz se vai desvanecendo ao mesmo tempo que as matrizes rurais, nomeadamente no que diz respeito aos trabalhos de entreajuda no campo e na floresta, também vão desaparecendo. Advém desse desvanecimento a necessidade de contribuir para a sua preservação e valorização, em particular pelos mais jovens.

São parceiras associações e grupos informais que mobilizam as cantadeiras que, uma vez por semana, vão à escola dar a conhecer a sua arte. Para além das sessões na escola, pretende-se que as cantadeiras dinamizem ações demonstrativas dos contextos onde, outrora, o canto acontecia de forma espontânea.

O projeto conta com o envolvimento do Conjunto Etnográfico de Moldes de Danças e Corais Arouquenses, das Cantadeiras de Adaúfe (Moldes) e do Centro Cultural, Recreativo e Desportivo de Santa Maria do Monte, bem como com a colaboração da etnomusicóloga Maria do Rosário Pestana e do Coordenador Intermunicipal do Plano Nacional das Artes, Luís Monteiro. Integra ainda o projeto cultural do Agrupamento de Escolas de Arouca «Aldeias Vivas – Património e Cultura em Transformação».